domingo, 6 de julho de 2008

Avanços na Economia e Cultura Brasileira Após a Chegada da Família Real


No ano em que a Corte Portuguesa chegou ao Brasil, transformou-se a Colônia, até então abandonada, em um Império e trazendo consigo a era Gutenberg, com 452 anos de atraso...

Com a Abertura dos Portos (1808) e os Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade(1810) estabelecendo tarifas preferenciais aos produtos ingleses, o comércio
cresceu. O porto do Rio de Janeiro aumentou seu movimento que passou de 500 para 1200 embarcações anuais.
A oferta de mercadorias e serviços diversificou-se. A Rua do Ouvidor, no centro do Rio, recebeu o cabeleireiro da Corte, costureiras francesas, lojas elegantes, joalherias e tabacarias. A novidade mais requintada era os chapéus, luvas, leques, flores artificiais, perfumes e sabonetes.

Para a elite, a presença da Corte e o número crescente de comerciantes estrangeiros trouxeram familiaridade com novos produtos e padrões de comportamento em moldes europeus. As mulheres seguindo o estilo francês; usavam vestidos leves e sem armações, com decotes abertos, cintura alta, deixando aparecer os sapatos de saltos baixos. Enquanto os homens usavam casacas com golas altas enfeitadas por lenços coloridos e gravatas de renda, calções até o joelho e meias. Embora apenas uma pequena parte da população usufruísse desses luxos.

Sem dúvida, a vinda de D. João deu um grande impulso à cultura no Brasil.

Com os principais pontos:

  • Em abril de 1808, foi criado o Arquivo Central, que reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e projetos de obras públicas. Em maio, D. João criou a Imprensa Régia e, em setembro, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Logo vieram livros didáticos, técnicos e de poesia. Em janeiro de 1810, foi aberta a Biblioteca Real, com 60 mil volumes trazidos de Lisboa.
  • Criaram-se as Escolas de Cirurgia e Academia de Marinha (1808), a Aula de Comércio e Academia Militar (1810) e a Academia Médico-cirúrgica (1813). A ciência também ganhou com a criação do Observatório Astronômico (1808), do Jardim Botânico (1810) e do Laboratório de Química (1818).
  • Em 1813, foi inaugurado o Teatro São João (atual João Caetano).
  • Em 1816, a Missão Francesa, composta de pintores, escultores, arquitetos e artesãos, chegaram ao Rio de Janeiro para criar a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes. Em 1820, foi a vez da Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura-civil.
A presença de artistas estrangeiros, botânicos, zoólogos, médicos, etnólogos, geógrafos e muitos outros que fizeram viagens e expedições regulares ao Brasil – trouxe informações sobre o que acontecia pelo mundo e também tornou este país conhecido, por meio dos livros e artigos em jornais e revistas que aqueles profissionais publicavam. Foi uma mudança profunda, mas que não alterou os costumes da grande maioria da população carioca, composta de escravos e trabalhadores assalariados.

Por: Becker

Fonte: http://www.historiamais.com/familia_real.htm
15 de agosto de 2008, 21:12

Comentários: O Brasil teve um processo de crescimento muito rápido após a vinda da Família Real, por conta da necessidade desta de viver bem como digna Corte Real Portuguesa. A Família Real praticamente construiu um "novo Portugal", devido ao medo de voltar ao país de origem, por causa da ocupação francesa. A construção de Academias de Estudos, desenvolver a cultura e a pintura foram priorizadas, porque eram necessárias para o desenvolvimento de uma nação, que no caso, seria o Brasil.

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